Em momentos distintos, tanto Marta quanto Maria disseram: “Senhor, se estivesses aqui meu irmão não teria morrido” (João 11.21,32). E isso ocorreu após terem informado: “Senhor, aquele a quem amas está doente” (João 11.3).
Entretanto, pareceu para as irmãs que havia alguma indiferença por parte de Jesus. Será que Ele não se importava com a vida de Lázaro? Afinal, após receber aquela notícia, Jesus “ficou mais dois dias onde estava” (João 11.6).
É provável que você, assim como eu, já tenha experimentado esse sentimento, no qual Deus, embora existente, parecia estar ausente ou simplesmente não se importar com alguma situação pela qual estivesse passando.
Quando Jesus finalmente chegou, Lázaro já estava no sepulcro há quatro dias. Ele então conversou primeiro com Marta e, depois, com Maria. Ambas, embora crendo verdadeiramente em Jesus e em seu poder, demonstraram que o futuro poderia ter sido diferente se Ele estivesse presente.
Jesus não seguiu conforme as expectativas e a agenda que elas tinham. Ele possuía outros planos e uma maneira diferente de lidar com a situação, uma maneira muito mais gloriosa do que a cura em um primeiro instante.
Muitas vezes, nós também nos achegamos a Deus impondo certas condições e julgamos o Seu caráter conforme aquilo que Deus realizou ou não dos nossos planos.
E, olhando para essa história como um todo, percebemos que logo que Jesus soube da situação de Lázaro, disse: “Não acabará em morte, é para a glória de Deus” (João 11.4).
Marta e Maria não sabiam, mas mediante a morte e ressurreição de Lázaro, a glória de Deus seria revelada. Com isso, elas experimentariam não apenas uma alegria indescritível pela vida restaurada do irmão, mas também veriam muitos crerem no nome de Jesus.
Portanto, sejamos tardios para avaliar o caráter de Deus baseando-nos em nossa agenda imposta a Ele.
“Não julgue o Senhor com débil entendimento,
Mas confie nele para sua graça.
Por trás de uma providência carrancuda,
Ele oculta uma face sorridente” (William Cowper).
Lucas Lisboa
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