Vivemos dias em que a busca pela autossatisfação se tornou um dos principais focos das pessoas. Amizades são estabelecidas com base em interesses pessoais; relacionamentos conjugais são vivenciados sem considerar os sentimentos ou necessidades do parceiro; filhos são concebidos em busca exclusivamente da realização pessoal, ou até evitados para não interferir em projetos individuais, entre outras ações centradas no “eu”.
Infelizmente, muitos cristãos também têm sucumbido à ideia de “eu tenho o direito de ser feliz” ou “preciso me amar mais”, negligenciando princípios bíblicos que apontam para direções diferentes. Nas Escrituras, Paulo exorta a igreja a não viver de maneira egoísta, destacando: “Cada um cuide, não apenas dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros” (Fp 2.4). Na carta aos Colossenses, Paulo convida a realizar tudo com dedicação, direcionando o foco ao Senhor e não aos homens (Cl 3.23).
Outro texto relevante encontra-se no Salmo 19.19, em que o salmista expressa: “Que as palavras da minha boca e a meditação do meu coração sejam agradáveis a ti, Senhor, minha Rocha e meu Resgatador!” Estas passagens enfatizam que o foco deve ser retirado do indivíduo, promovendo a busca por agradar ao Senhor, seja em ações, palavras ou pensamentos.
Devemos evitar atitudes movidas exclusivamente pela autossatisfação, em detrimento do outro. As amizades devem ser cultivadas visando a edificação mútua, os relacionamentos conjugais devem refletir o amor de Cristo pela igreja, e os filhos devem ser bênçãos na vida dos pais, abençoados por estes. Como servos do Senhor, nosso viver deve resultar em honra, glória e exaltação ao nome de Cristo, permitindo-nos alcançar a felicidade e realização tão almejadas por muitos.
Fabio Grigorio
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