A gratidão é uma virtude amplamente negligenciada. Como resultado inerente, a ingratidão acaba sendo uma das falhas de caráter mais patentes. Filhos ingratos são fonte de tristeza aos pais. Pais ingratos o são aos filhos. Irmãos o são mutuamente. Em todas as relações interpessoais, os contemplados com algum socorro ou dádiva comumente penalizam seus benfeitores com a frieza ingrata e silenciosa que insinua: “não fez mais que a obrigação”. Expressar gratidão é um grande incômodo, pois o pecado do orgulho tem um protagonismo evidente no ser humano.
Infelizmente, nas relações que os filhos de Deus têm com o Pai celestial, esta realidade pode não ser diferente. A ingratidão dos cristãos certamente desagrada muito o Senhor.
Diante da realidade de que nosso Deus é o nosso maior benfeitor, será que nossas expressões de gratidão são adequadas? Será que Suas múltiplas dádivas são devidamente contempladas com a gratidão pertinente?
“Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.” 1Ts 5:18.
“Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e não te esqueças de nem um só de seus benefícios.” Sl 103:2.
Encontramos nestas porções da Palavra um desafio que, se levado a sério, será ao mesmo tempo uma fonte de grande alegria e prazer para nós mesmos e um exercício contínuo de honra ao nosso Deus, pois Ele é digno. Precisamos nos lembrar sempre agradecidos que todas as Suas dádivas são imerecidas expressões da Sua bondade, generosidade e amor. Do pão nosso de cada dia, às conquistas do Senhor Jesus Cristo que são graciosamente compartilhadas conosco, temos incontáveis motivos de gratidão. Deus tem nos abençoado com uma infinidade de bênçãos materiais e espirituais imerecidas, pois nós não temos direito algum diante dEele. Abençoar e dar muito além do que merecemos ou mesmo necessitamos são manifestações inerentes ao caráter singular do nosso Deus. Ele é sempre muito bom assim como é muito bom tudo o que recebemos dEele, “Pois, a bondade de Deus dura para sempre” Sl 52:1.
Assim, nossos motivos de gratidão são incontáveis e muito patentes. Certamente, jamais seremos suficientemente gratos. Mas que todos nos empenhemos continuamente para não sermos ingratos.
Vlademir Hernandes
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