Charles Plumb foi piloto de caça na Guerra do Vietnã. Certo dia, o seu avião foi derrubado durante uma missão de combate. Ele saltou de paraquedas, salvando a sua vida. Caiu em campo inimigo, foi capturado e passou seis anos como prisioneiro no Norte-vietnamita.
Após sobreviver a este período e retornar ao Estados Unidos, começou a fazer palestras, relatando a sua odisseia e o que a prisão lhe ensinara. Um dia, num restaurante, foi saudado por um homem: “Olá, você é Charles Plumb, o piloto que teve seu avião derrubado, não é mesmo?”
“Sim”, respondeu. “como você sabe?”
“Ora, era eu quem dobrava o seu paraquedas. Parece que funcionou bem, não é verdade?” O piloto ficou boquiaberto.
“Claro que funcionou, caso contrário eu não estaria aqui hoje.”
O Relato acima foi publicado pela Redação Centro América FM por Matheus Fin com o Título “Quem dobrou o seu paraquedas hoje?
O testemunho acima, nos remete a sermos aqueles que dobram os paraquedas de nossos irmãos em Cristo, como nos diz a Bíblia em: I Tessalonicenses 5.18 “Em tudo, daí graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.” E ainda I Pedro 4.10 “Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.”
A nossa correria ao longo da semana, com tantos afazeres, beira muitas vezes a insanidade semelhante a Eclesiastes 2.11 “…e eis que tudo era vaidade e correr atrás do vento…” Como cristãos temos na igreja, um oásis em meio ao deserto da semana para revigorar as nossas forças.
Observando a atitude de muitos, em especial no término das programações do culto dominical, percebo aqueles olhares em busca de um rosto amigo para conversar, interagir e que muitas vezes não é encontrado. Em uma comunidade metropolitana, como a nossa, a alternativa mais adequada para conhecer e se tornar conhecido é o envolvimento em um grupo pequeno de Koinonia. Pois é neste contexto, que o relato acima encontra espaço para:
- Exercitarmos a nossa obediência a Deus e a sua palavra através dos mandamentos recíprocos de servir, amar, suportar uns aos outros.
- Reconhecermos de que é no grupo pequeno, que nossos irmãos e irmãs encontram espaço para dobrar os nossos paraquedas, dobrando os joelhos em orações, e de dar apoio mútuo em um espaço de compreensão e respeito.
- E ainda, de agradecer aqueles que tem se empenhado em dobrar os nossos paraquedas, amortecendo as nossas quedas.
Quando decidimos caminhar isolados, distantes dos demais, invariavelmente somos surpreendidos por pensamentos de que somos invisíveis, ninguém nota a nossa presença ou ausência. Portanto uma sensação de que somos descartáveis, acaba tomando conta do nosso miserável coração enganoso e desesperado, como diz o profeta Jeremias (Jeremias 17.9)
Mas na Koinonia, somos amparados, confortados, exortados a reconhecer a Soberania do nosso Deus, que conhece o momento de vida de cada um e se importa em nos ajudar. Providenciando o suprimento necessário, na hora certa para continuarmos a nossa jornada nesta terra.
É nas atividades simples e normais da vida, que o incomum e o extraordinário de Deus chega até nós! E isso se dá, na grande maioria das vezes, através daqueles que estão próximos e nos acompanhando em nossos momentos difíceis.
Trago um desafio àqueles que ainda não participam de uma Koinonia, para procurarem os canais de comunicação da igreja, e se informarem como participar de um grupo pequeno de nossa igreja.
E aqueles que já participam, que possam nutrir em seus corações gratidão e expressar com seus lábios palavras de reconhecimento aos anfitriões, que tem aberto os seus lares para receber um grupo de koinonia. Sem esquecer dos líderes, por juntos dobrarem os nossos paraquedas, aliviando assim as nossas lutas e desafios que a vida nos reserva.
Que juntos, nas koinonias possamos desfrutar da comunhão, do partir do pão, das orações e do aprendizado que estes momentos juntos na presença de Deus, pode proporcionar a todo cristão.
Gilvair Baquero
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