Nas últimas semanas, pudemos perceber o céu acinzentado devido às grandes queimadas que tomaram conta de nossa região. O fogo, que se alastrou por diversas áreas, juntamente com um longo período de estiagem e altas temperaturas, causou uma péssima qualidade do ar, problemas respiratórios, sensação de mal-estar e perigos para a natureza.
Para aumentar os desafios, este tema, como tantos outros, foi polarizado por questões políticas. No entanto, há aspectos relevantes que um cristão pode relembrar das Escrituras diante desta situação atual.
Primeiramente, o ser humano foi criado como mordomo da criação. Em Gênesis 1:26-28, a imagem e semelhança do Senhor deveria dominar, governar e gerenciar a criação de Deus. Temos autoridade sobre o meio ambiente e devemos cuidar dele como Deus o faria. Isso envolve olhar para a natureza como reflexo dos atributos de Deus (Romanos 1:19-20) e louvar a Deus junto ao meio ambiente criado (Salmos 8, 19, 33, 65, 104 e 148).
Além disso, a natureza é didática ao nos ensinar sobre o cuidado de Deus por nós. Jesus, ao falar sobre as preocupações, utiliza elementos naturais (flores e pássaros em Mateus 6:25-34). O Senhor cuida de sua criação e nós também somos criação do Senhor.
Porém, o que vemos nos nossos dias é consequência e efeito da queda do homem ao se rebelar contra Deus. Ao invés de gerir a natureza, exploramos, queimamos, rejeitamos e pouco nos importamos com o meio ambiente, achando que outros deveriam cuidar. Romanos 8:21-22 revela que a natureza sofre decadência por conta da queda e geme até a gloriosa liberdade dos filhos de Deus.
Os cristãos deveriam zelar e cuidar do meio em que vivem como cuidam de si mesmos, esperando pela grande revelação do Senhor que um dia nos libertará da decadência relativa à queda do pecado. Enquanto este dia não vem, oramos, zelamos e cuidamos da natureza, não por ser um fim em si, mas para ser instrumento de louvor a Deus.
Que possamos estar atentos à criação de Deus e, por vezes, sermos ferramentas do Senhor para o cuidado do mundo em que estamos, refletindo o bom papel de mordomos da criação e louvando a Deus por seus inúmeros atributos.
Lucas Fonseca
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