Ambiente escuros, áreas especiais, músicas que mexem com as emoções, mensagens que afagam aos ouvidos e a oportunidade de ter uma experiência única aos domingos. Esta é a nova proposta de diversas igrejas e denominações para seus cultos. Embora a estética possa ter valores subjetivos, o principal problema é a mensagem que está sendo proclamada.
Seus pregadores e influenciadores dizem pregar o evangelho para os frequentadores dos seus encontros. No entanto, as mensagens enfatizam a centralidade e exaltação do ser humano, a diminuição dos atributos de Deus para ‘apenas’ o amor e a graça, a minimização da obra de Cristo e uma abordagem de boas novas focadas exclusivamente na prosperidade emocional e a superação dos obstáculos da era presente. Em vez de transformação genuína, experiências emocionais intensas e arrepios se tornam as marcas de uma mudança de vida.
Muitos buscam encontros marcados por fortes experiências para serem motivados a viver uma vida melhor. No entanto, a Palavra de Deus nos ensina que é o evangelho, e não sensações passageiras, que nos concede uma nova vida (Jo 3.3-7). Ele é profundo e plenamente suficiente para nos proporcionar tudo o que precisamos para viver sob a graça do Senhor (2 Pe 1.3).
Enquanto esses grupos tratam dessas superações como “evangelho”, as Escrituras apresentam as verdadeiras boas novas como capazes de transformar plenamente nossas vidas (2 Co 5.17), mudando nossa condição futura (Jo 3.16) e transformando nosso caráter, nossas intenções, emoções e ações (Ef 4.22-24).
Por isso, não podemos nos apegar apenas às emoções (Rm12:1) e nem nos limitar a escutar apenas pregadores que agradam aos nossos ouvidos, mas precisamos estar fundamentados na Palavra e no evangelho para sermos ponderados, proclamadores da salvação e trabalhadores da obra do Senhor (2 Tm 4.3-5).
Assim, uma compreensão correta sobre Deus, nós mesmos e o evangelho não apenas alinha nossas emoções, mas também corrige nossas intenções, move nossos corações e transforma nossas ações. Esse caminho nos conduz ao arrependimento genuíno (2 Co 7.9) e nos aproxima, dia após dia, do Senhor (Sl 73.28).
Lucas Fonseca
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