Ao considerarmos o Pentateuco, frequentemente observa-se certo desânimo diante das diversas leis e genealogias, desviando alguns de ênfases teológicas cruciais presentes no texto. Entre elas, destaca-se a figura do Libertador, prenunciado como aquele que surgiria “nos últimos dias” para trazer paz e domínio ao povo de Deus.
Em três dos livros do Pentateuco, essa figura emerge após narrativas extensas, culminando em poesias e conclusões que destacam o papel do Libertador. Em Gênesis 49, Jacó reúne seus filhos para profetizar sobre o futuro, mencionando que de Judá surgiria alguém a quem os povos obedeceriam e de quem o cetro jamais se apartaria. Em Números 24, durante os eventos que precedem a destruição da geração que saiu do Egito, o vidente Balaão profetiza sobre o surgimento de uma estrela em Jacó, um cetro em Israel que destruiria os inimigos de Deus. Já em Deuteronômio 31, é dito que “nos últimos dias” o povo se desviaria do Senhor e acabaria por fim sofrendo as maldições da violação pactual. No entanto, em sua oração, Moisés clama ao Senhor a respeito de Judá, para que seja reestabelecido e tenha vitória contra seus inimigos.
Essa expectativa pelo Libertador atravessou séculos até que, finalmente, o poder do cetro foi anunciado por uma estrela e o rei nasceu numa manjedoura. Jesus Cristo, o Libertador prometido, já veio; já vivemos nos últimos dias anunciados. Em sua primeira vinda, ele testemunhou a boa notícia do perdão, o evangelho da nossa salvação, mas essa obra ainda será finalizada. Em sua segunda vinda, ele trará juízo a este mundo. Não haverá corrupção, orgulho ou crime diante do seu reino. Ele trará a consumação de todas as coisas e a libertação plena, conduzindo-nos ao desfrute de nosso Pai e Criador.
Adore ao Rei, pois ele está por vir.
Nathanael Baldez
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