Pai nosso, não nos deixes cair em tentação

mar 23, 2025Oswaldo Carreiro, Pastores0 Comentários

Deus é nosso Pai e de todos os que confessam o nome de Jesus Cristo, os que creem nele e foram recebidos como Seus filhos. Quais as implicações desta verdade na nossa vida comunitária? A oração que Jesus ensinou aos seus discípulos, em Mt 6.9-13, não dá espaço para o individualismo, pois Deus é o nosso Pai e somos a Sua família. Devemos perceber que toda a oração ensinada por Jesus nesse texto é feita na segunda pessoa do plural. Ele é Pai de todos nós, seus filhos, diante de quem nos prostramos em oração.

Um dos pedidos mencionados nesta oração e que devemos fazer é: “Pai nosso…. não nos deixes cair em tentação” . Mas, o que isto significa na prática? Cair em tentação é ceder a uma proposta ou oferta pecaminosa que julgamos ser melhor do que a satisfação que Deus e a Sua vontade podem nos oferecer. A tentação é uma realidade, mas o exercício da oração para que Deus livre a nós e aos nossos irmãos deveria ser constante nas nossas vidas e na igreja de Cristo que deve cultivar uma cultura de cuidado mútuo. Deus nos livra das tentações, mas esta certeza não nos livra da necessidade da dependência Dele em oração; e orar para que Ele nos livre é dizer: “Senhor, livra-me de cair em tentação nesta ou naquela área”, ou ainda, “Senhor, estou sendo tentado na área sexual, pornografia, ou da mentira, soberba, inveja, ódio, e tantos outros males e pecados.. Livra-nos de cair!”

Nós sabemos das nossas fraquezas e um pedido sincero a Deus trará o auxílio preventivo contra a tentação. Além disso, devemos estar conscientes de que enquanto oramos, nosso foco deve ser satisfazer à Sua vontade e isso nos leva à necessidade de orar para que Deus nos dê discernimento e aceitação da Sua vontade para nossas vidas, qualquer que seja.

Devemos, ainda, nos lembrar que somos tentados na concupiscência dos olhos, na concupiscência da carne e na soberba da vida, mas Deus é poderosos para nos livrar da tentação. Nosso Senhor Jesus foi tentado em todas essas áreas, mas sem pecar; e hoje, pode nos oferecer misericórdia e graça para nos ajudar na hora da necessidade, pois conhece as nossas fraquezas e se compadece delas.

Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna. – Hb 4.15,16

Ao Pai nosso e em nome de Jesus nós oraremos assim: “Não nos deixes cair em tentação. Nem eu e nem meus irmãos.

Oswaldo Carreiro

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