Pela Fé, fomos santificados mediante a oferta do corpo de Cristo (Hb 10:10). Também fomos convocados para sermos santos “em todo procedimento” (1Pe 1:15-16). Nosso Deus, que nos santificou quando nos salvou, requer que vivamos a santidade na prática.
Assim, há uma distinção importante entre a Santidade Existencial e a Santidade Comportamental. Ao sermos irreversível e definitivamente salvos, nossa existência é resgatada e, assim, Deus nos santifica – Ele nos eleva à posição de Santos. Éramos trevas e passamos a ser luz no Senhor (Ef 5:8). Todos os cristãos, indiscriminadamente, desfrutam desta realidade conquistada pelos méritos de Cristo e absolutamente isolada de qualquer empenho humano.
Como desdobramento desta realidade universal, a experiência individual cristã deve ser marcada pela Santidade Comportamental. Devemos viver como filhos da Luz que somos (Ef 5:8). Para isso, contamos com duas forças simultâneas que operam em nós: o poder de Deus (Ef 3:20) e nosso empenho em obedecê-Lo (2Pe 1:10).
Na Santidade Comportamental, não somos passivos. Precisamos nos empenhar para desfrutarmos do poder de Deus e das armas que Ele oferece (Ef 6:10-17). Somos o elo fraco na concretização dessa Santidade Comportamental. Infelizmente, muitos cristãos não experimentam essa santidade, pois têm sido negligentes em viver como Deus ordena.
É importante lembrar que a Santidade Comportamental jamais será completa e absoluta nesta vida. A presença de pecados eventuais é igualmente uma realidade universal (1Jo 1:8 e 10). Entretanto, há hábitos pecaminosos que trazem severos prejuízos à santidade (1Co 5:1).
Para os pecados eventuais, Deus nos dá o recurso da confissão. Quando confessamos nossos pecados, somos perdoados e purificados por Deus (1Jo 1:9-10). Para os hábitos pecaminosos, Deus utiliza o recurso da disciplina que, embora amorosa e visando a restauração, pode ser extremamente severa e dolorosa (Hb 12:4-5). Ninguém em sã consciência deveria desprezar o zelo de Deus pela Santidade Comportamental. Que o temor do Senhor pavimente a nossa.
Vlademir Hernandes
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