A história nos conta que em 7 de Setembro de 1822, a condição de colônia foi extinta, e um Brasil livre nasceu. Hoje se comemora a “independência” do Brasil. Segundo o hino dedicado à mesma, os “filhos da pátria” deveriam se contentar com a liberdade da “mãe gentil”:
“Já podeis, da Pátria filhos, Ver contente a mãe gentil; Já raiou a liberdade No horizonte do Brasil.”
Nestes 192 anos de “liberdade”, mudaram os domi- nadores, mas o domínio prevaleceu. Desde os dias do “libertador imperador” (?) D. Pedro I, a sofrida maioria do povo brasileiro tem colecionado aflições impostas por uma classe política domi- nante, exploradora, corrupta e incompetente (salvo honrosas e escassas exceções). Recentemente observamos indignados e impotentes toda podridão denunciada e julgada pelo STF, cientes de que se tratou apenas de uma minúscula pontinha de um gigante iceberg putrefato. Seguramente “Liberdade” não é uma boa descrição para o tipo de vida dos milhões de brasileiros escravizados pela pobreza e pela precariedade da educação e da saúde. Nem para os outros milhões aprisionados em seus próprios lares devido ao caótico estado da segurança pública. Se “já raiou a liberdade no horizonte do Brasil”, o tal afastamento do “temor servil” exaltado pelo hino, na vida cotidi- ana, não passa de poesia utópica:
“Brava gente brasileira! Longe vá… temor servil: Ou ficar a pátria livre Ou morrer pelo Brasil.”
A “brava gente brasileira”, outrora convocada a morrer pela pátria, tem de fato até morrido mas não pelo Brasil, mas por causa do que o país se tornou.
Estamos em ano de eleição. Sonhamos com mudanças e avanços, mesmo que graduais. Quere- mos um país melhor para todos. Como cristãos, precisamos aprender a avaliar todas as coisas pela
ótica da revelação bíblica. E ao fazermos, precisa- mos agir. A omissão não é uma opção. As coisas no país poderão melhorar ou piorar. Entretanto, estamos a serviço de um Senhor que nos convoca e capacita a amar o próximo em todas as circun- stâncias.
Tomara que as mazelas da população carente sejam atenuadas por futuros governos. Mas enquanto não o são, o que cabe à cada um de nós como igreja de Cristo?
Recentemente fomos mobilizados pela “Semana da Solidariedade”. Pudemos levar ajuda, amor e o mais importante: o Evangelho a vários grupos carentes próximos daqui. Tais grupos permanecem carentes! É razoável esperar um ano até a próxima “Semana da Solidariedade” para fazer alguma coisa?
Estamos em uma investida missionária que tem como alvo beneficiar o povo mais sofrido e menos evangelizado de alguma região do sertão brasileiro. Como você irá pessoalmente se comprometer com isso?
Não podemos mudar o Brasil todo, mas podemos fazer alguma diferença naquilo que está ao nosso alcance. Temos o amor de Cristo para demonstrar e a salvação em Cristo para anunciar. Comprometa- se com suas orações, com sua pregação, com suas mãos e com seu bolso!
Oportunidades não faltam…Seja luz neste país! “para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração perver- tida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo” Fp 2:15.
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