A história de Sansão (Juízes 13–16) é intrigante. Nós o conhecemos por sua grande força, pela capacidade de realizar atos incríveis em favor do povo de Israel. Algo, porém, que chama a atenção nessa narrativa é como ele se deixou levar por seus olhos. E essa foi a sua maior desgraça.
Três mulheres filisteias assombraram Sansão: uma esposa, uma prostituta e uma amante. Observe como os seus olhos estavam sempre presentes:
“Sansão desceu a Timna e viu ali uma mulher do povo filisteu” (Juízes 14.1).
“Quando voltou para casa, disse a seu pai e à sua mãe: ‘Vi uma mulher filisteia em Timna;
consigam essa mulher para ser minha esposa’” (Juízes 14.1,2).
“Desceu, e falou àquela mulher, e dela se agradou” (Juízes 14.7) (ARA).
“Certa vez, Sansão foi a Gaza, viu ali uma prostituta, e passou a noite com ela” (Juízes 16.1).
“Depois dessas coisas, ele se apaixonou por uma mulher do vale de Soreque, chamada Dalila” (Juízes 16.4).
Observemos, agora, como essa história termina: “Os filisteus o prenderam, furaram os seus olhos e o levaram para Gaza. Prenderam-no com algemas de bronze, e o puseram a girar um moinho na prisão” (Juízes 16.21).
Sansão teve os olhos furados, os mesmos que tantas vezes o haviam conduzido a grandes encrencas. Agora, privado daquilo que o levara a tantos problemas ao longo da vida, podia enfim “voltar os seus olhos a Deus”.
“E inclinou-se com força, e a casa caiu sobre os príncipes e sobre todo o povo que nela estava; e foram mais os que matou na sua morte do que os que matara na sua vida” (Juízes 16.29,30) (ARA).
Sem aquilo que o fazia constantemente caminhar para as trevas, Sansão foi mais útil ao Senhor em sua morte do que ao longo de toda a sua vida.
Lucas Lisboa
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