O tema da nossa igreja para este ano é: “Desfrutando do Senhor e Inspirando Outros”. Ele tem duas ênfases: vivência e influência. Na ênfase da vivência, espera-se que muitos de nós cresçamos no desfrutar do nosso Deus. Uma das marcas deste desfrute é experimentar momentos de comunhão com o Pai Celestial intensamente prazerosos, pois Ele é uma fonte inesgotável de satisfação dos anseios mais profundos da nossa alma. O Salmo 84 descreve bem tal Apocalipsepossibilidade: “A minha alma suspira e desfalece pelos átrios do SENHOR; o meu coração e a minha carne exultam pelo Deus vivo! O pardal encontrou casa, e a andorinha, ninho para si, onde acolha os seus filhotes; eu, os teus altares, SENHOR dos Exércitos, Rei meu e Deus meu. Bem-aventurados os que habitam em tua casa; louvar-te-ão continuamente”.
Eu me referi a esta experiência como uma possibilidade, pois bem sabemos que ela não é uma realidade para muitos cristãos. Lamentavelmente, na vivência cristã de muitos, a frustração, o desânimo, a tristeza têm aniquilado qualquer possibilidade de desfrutar do Senhor. Se as investidas para se ter comunhão com o Senhor forem mecânicas, frias e aparentemente desnecessárias, o desfrute está invariavelmente comprometido. Tal realidade pode e precisa ser urgentemente mudada.
A experiência narrada pelo salmista no Salmo 63, pode ser realidade na vida de qualquer filho de Deus: “Ó DEUS , tu és o meu DEUS forte; eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; meu corpo te almeja, como terra árida, exausta, sem água. Assim, eu te contemplo no santuário, para ver a tua força e a tua glória. Porque a tua graça é melhor do que a vida; os meus lábios te louvam. Assim, cumpre-me bendizer-te enquanto eu viver; em teu nome, levanto as mãos. Como de banha e de gordura farta-se a minha alma; e, com júbilo nos lábios, a minha boca te louva, no meu leito, quando de ti me recordo e em ti medito, durante a vigília da noite. Porque tu me tens sido auxílio; à sombra das tuas asas, eu canto jubiloso. A minha alma apega-se a ti; a tua destra me ampara”.
Para que esta possibilidade se transforme em realidade, é imperativo estar convicto de que a comunhão com o Senhor é essencial, e de que quem é displicente na manutenção da mesma não sai ileso. A falta de comunhão com o Senhor é seguramente um dos maiores flagelos na vivência cristã de alguém, cuja alma definha faminta diante do melhor dos banquetes.
Já na ênfase da influência, espera-se que um santo contágio multiplique desfrutadores do Senhor entre nós. Para isso acontecer, é necessário que aqueles que desfrutam do Pai, testemunhem sobre as experiências prazerosas que a comunhão com o Pai tem proporcionado, e incentivem outros, mediante a instrução bíblica, para que também desfrutem de momentos preciosos na presença do Senhor. Precisamos nos empenhar para praticar a orientação bíblica: “Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração” Cl 3:16.
É natural que nossos encontros informais sejam marcados por conversas triviais. Empenhemo-nos para rechear tais oportunidades também com conversas edificantes que nos estimulem mutuamente a desfrutar cada vez mais do Senhor. Ele está à porta da nossa casa batendo e querendo entrar. Todo aquele que ouvir a Sua voz e abrir a sua porta, deixará o Senhor entrar para, juntos, desfrutarem de uma preciosa refeição. (Ap 3:20).
0 comentários