Vivemos numa sociedade vulnerável e propensa a se alimentar da mentira. Por conta disso, tal condição tem levado o homem a uma mente obscurecida e corrompida especialmente pela ausência da verdade. Mas isso não é algo novo! Desde a queda, ao rejeitar a Deus e a Sua Palavra, e trocar a verdade pela mentira, o homem tem experimentado todo tipo de engano, desvios, perversão e sofrimento. (Rm 1.21-25)
Quão importante e indispensável é o conselho bíblico que oferece esperança verdadeira fundamentada na infalível e suficiente Palavra da Verdade. Mas será que na prática, nos nossos relacionamentos e aconselhamentos, os conselhos que damos aos que nos trazem suas dificuldades e problemas na busca por solução, são conselhos bíblicos? Cremos que realmente a Bíblia é suficiente para ajudar as pessoas a lidarem com suas lutas e problemas da alma? Ela é a autoridade final para os nossos conselhos? Ou cedemos às falácias da psicologia humanista e oferecemos conselhos não bíblicos sobre questões diversas como ansiedade, ira, hábitos escravizadores, imoralidade, divórcio e novo casamento?
Consideremos algumas pressuposições importantes que devem servir de base para nossos conselhos. A primeira pressuposição é que nossos conselhos devem ter como foco a glória de Deus e como as pessoas lidam com seus problemas conforme a perspectiva divina revelada na Sua Palavra. A Bíblia não é um simples recurso entre tantos outros. Ela é a autoridade final e suficiente para lidar com os problemas inorgânicos do homem (2 Pe 1.3).
Não menos importante é considerarmos, também, que o Evangelho de Cristo é essencial para todo problema do homem, pois a questão mais importante é como ele se relaciona com Deus e o quanto ele ama a Deus e ao próximo. Isso afeta toda a sua vida e ele precisará da graça de Cristo tanto para ser liberto do pecado e da mentira, quanto para caminhar em comunhão com Deus, seguir a Sua vontade e lidar bem os problemas pessoais.
A terceira pressuposição é que as pessoas são transformadas por meio da obra do Espírito Santo que atua no coração do homem à medida em que ele ouve, estuda e acolhe a Palavra de Deus. (Jo 16.6-11). Então, como conselheiros, temos a responsabilidade de comunicar fielmente a Palavra. Pessoas mudam pelo poder do Espirito e mediante a Palavra.
Por fim, devemos considerar que a igreja local é o contexto ideal para o aconselhamento. Que privilégio nós temos como membros da igreja de Cristo que é o local onde as maiores lutas e dificuldades da vida podem encontrar solução (Rm 15.14; Gl 6.1). É a igreja o local e o contexto em que aconselhamos e somos aconselhados, desfrutamos do privilégio de cuidamos uns dos outros e assumimos nossa responsabilidade de aconselhar biblicamente os que necessitam de ajuda.
Seus conselhos têm sido bíblicos? Reflita, considere e busque alinhar e fundamentar seus conselhos às Escrituras, para que Deus use sua vida como instrumento em Suas mãos para transformação de outras pessoas e, assim, você possa também contribuir para fomentar uma cultura de cuidado mútuo e aconselhamento na IBFonte.
Oswaldo Carreiro Filho
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