“Tudo isso te darei se, prostrado, me adorares.” Mateus 4:9b.
São muitas as histórias de pessoas que ficaram decepcionadas com Deus diante de frustrações em suas vidas. Frustração essa que as levou ao abandono da fé, da igreja e até mesmo dos relacionamentos com aqueles que amam ao Senhor.
Em alguns casos, essas pessoas nutriram uma ardente expectativa em relação a alguma realização e encontraram em Deus um suporte para a jornada até a concretização de seus desejos. Até mesmo a obediência e a adoração a Deus entraram em cena, acreditando que quanto mais dedicadas fossem, mais certas seriam suas bênçãos. Nesse processo, Deus é visto apenas como um facilitador para suas realizações pessoais, como uma garantia de vitória. Pensavam que, se prostrados adorarem, Deus lhes daria o que tanto desejavam.
O filho mais velho da parábola do Filho Pródigo tinha essa mentalidade: “Mas ele respondeu ao pai: ‘Olha! Todos esses anos tenho trabalhado como um escravo ao teu serviço e nunca desobedeci às tuas ordens. Mas tu nunca me deste nem um cabrito para eu festejar com os meus amigos” (Lucas 15:29). Adoração, serviço, obediência – tudo isso motivado pela expectativa de festa e recompensa que seu pai poderia dar. O resultado? Decepção.
Existem pessoas que afirmam amar ao Senhor, mas fazem isso porque é conveniente. Deus vai ao encontro de suas expectativas, então pensam ser razoável ter um ajudante divino. Contudo, quando aquilo que tanto sonhavam não acontece ou veem seus sonhos desmoronarem, culpam Deus e voltam suas costas para Ele. Deus passa a ser alguém que não mais convém. Talvez, diante de outra expectativa, o Senhor volte a ser considerado.
Aqueles que nutrem um relacionamento com Deus dessa forma devem lembrar que Jesus jamais disse: “Tudo isso te darei se, prostrado, me adorares.” Foi Satanás quem disse isso.
Qual tem sido a sua motivação para obedecer ao Senhor? A expectativa de que Ele satisfaça sua lista de desejos? Que tenhamos uma clara percepção sobre o caráter de Deus e que isso nos leve a uma adoração verdadeira ao Senhor.
Lucas Lisboa
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