Os dois primeiros capítulos do livro do profeta Jonas mostram como a sua vida se afundou cada vez mais, na medida em que desejava fugir do Senhor. É certo que a tentativa de fuga de Deus é vã, pois até mesmo no mais profundo do abismo, Deus lá estará (Sl 139.8).
Primeiramente, ele desce ao porto de Jope (Jn 1.3), depois desce para o porão do navio (Jn 1.5) e, por fim, vai para as profundezas do oceano (Jn 2.3). Agora, no ventre do peixe, Jonas cai em si e, pela primeira vez, vemos o profeta orando ao Senhor. O peixe não foi a disciplina de Deus, e sim, a sua salvação.
Deus, em sua compaixão, promove situações adversas e desconfortáveis e, através delas, nos salva, purifica e transforma. Adalbert Stifter disse: “A dor é um santo anjo; por meio dela, as pessoas cresceram mais do que por meio de todas as alegrias deste mundo”.
Mesmo aqueles que buscam viver piedosamente diante do Senhor se encontram em situações de grande aperto e angústia. Isso não é exclusividade dos que “fogem” de Deus.
Quem é, portanto, que pode salvar uma vida do mais fundo abismo em que ela, porventura, se encontra? Diante do cenário desesperador em que Jonas se encontrava, Deus, em sua misericórdia, o “levanta”. Observe: “Fizeste subir da sepultura a minha vida, ó Senhor, meu Deus!” (Jn 2.7).
Por esse motivo, Jonas exclama: Ao Senhor pertence a salvação! (Jn 2.9). A Ele pertence não apenas a salvação de nossa condição eterna, mas também todo o ato de livramento e resgate diante de uma condição aparentemente sem saída.
Clame ao Senhor, ainda que no mais profundo do abismo, pois Ele é o único com os recursos necessários para de lá te levantar. Há, portanto, esperança.
Lucas Lisboa
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